DRE Gerencial

Uma excelente ferramenta que pode ajudar no controle de gastos

Sem tempo para ler nosso artigo? Então ouça nosso Podcast acessando aqui.

E estamos chegando quase ao final de nossa série sobre Controles Financeiros. Durante todo esse período falamos sobre os controles de caixacontas a receber, contas a pagar e fluxo de caixa. Se você não leu ou ouviu nosso podcast sobre esses assuntos então corre lá e aproveite para conferir! Nesse nosso penúltimo assunto vamos falar sobre a DRE Gerencial.

Mas o que é DRE e o que se pode verificar através dessa ferramenta?

Demonstração do Resultado do Exercício – DRE é um termo que advém da contabilidade, sendo uma das demonstrações financeiras obrigatórias e que apresenta o resultado obtido pela empresa em determinado ano através do confronto entre receitas, custos e despesas. Trazida para o contexto gerencial, a DRE se mostra como uma excelente ferramenta de acompanhamento de custos visando a otimização dos resultados da empresa.

E o que é possível analisar através da DRE?

  • Analisar o montante de receitas auferidas em determinado período e sua variação em relação a um período anterior (mês ou ano).

  • Mensurar o percentual de composição de determinada receita em relação à receita total do período.

  • Analisar custos e despesas, sua evolução e seu percentual em relação à receita total.

  • Projetar resultados futuros incorporando o orçamento da empresa à DRE Gerencial.

  • Mensurar e acompanhar o resultado mensal da empresa, planejando melhor a distribuição de lucros e investimentos a serem realizados.

E como podemos gerar a DRE?

A DRE Gerencial pode ser gerada a partir das informações apresentadas no Controle de Contas a Pagar e de Contas a Receber, através de um software da empresa ou em uma planilha eletrônica como, por exemplo, o Excel.

Vejamos então na prática como ela funciona:

  • Com base nos dados fornecidos pelo Controle de Contas a Pagar e Controle de Contas a Receber serão totalizados os valores mensais por tipo de receita, custos e despesas. Para tanto, a empresa deverá elaborar um “Plano de contas”, uma relação padrão com a nomenclatura dos gastos e receitas, para que o seu sistema ou planilha possa buscar e totalizar tais valores.

  • Em seguida, estas contas deverão ser agrupadas por natureza. Sugerimos seguir a mesma estrutura da DRE Contábil, contendo Receitas, Impostos, Receita Líquida, Custos, Lucro Bruto, Despesas, IRPJ e CSLL e por fim, o Resultado líquido.

  • A partir das informações levadas à DRE Gerencial, será possível realizar as análises vertical (AV) e horizontal (AH).

  • A análise vertical representa o percentual do gasto em relação à Receita Total.

  • Já a análise horizontal representa o percentual de variação do gasto em relação ao mês anterior, ou seja, a sua evolução e variação em relação ao mês anterior, possibilitando verificar se determinado gasto aumentou ou diminuiu.

  • A análise vertical e horizontal também deverá ser utilizada para analisar a evolução dos totais dos grupos de gastos e receitas e por fim para avaliar o resultado líquido da empresa, acompanhando seu percentual em relação ao faturamento e a sua evolução.

E na sua empresa você tem conseguido mensurar mensalmente o seu resultado? Faz a análise mensal dos gastos e analisa a sua evolução? Consegue projetar o seu resultado e determinar as bases para o seu orçamento?

Em tempos de enormes desafios que estamos vivenciando a gestão eficiente dos recursos financeiros passou a ser uma ferramenta fundamental para o sucesso das empresas!

Gostou desse assunto? Então compartilhe essa informação importante e fique ligado no próximo assunto onde vamos finalizar essa série importante que são os controles financeiros!

Um abraço e até a próxima!

Leandro Bitencourt Albino é Diretor Técnico da Albino Oliveira Consultoria Empresarial.

Contador, graduado em Ciências Contábeis pela Faculdade Machado Sobrinho, com experiência de 27 anos nas áreas contábil e empresarial. Especialista em tributos, com ênfase em Regimes Especiais de Tributação e Planejamento Tributário, bem como em obrigações acessórias, com destaque para implantação do Bloco K - Registro de Controle da Produção e do Estoque. Autor de diversos artigos com ênfase na melhoria de controles gerenciais e na redução da carga tributária. Palestrante e facilitador com ênfase em treinamentos in company.