DRE Gerencial
Uma excelente ferramenta que pode ajudar no controle de gastos
Leandro Bitencourt Albino
Sem tempo para ler nosso artigo? Então ouça nosso Podcast acessando aqui.
E estamos chegando quase ao final de nossa série sobre Controles Financeiros. Durante todo esse período falamos sobre os controles de caixa, contas a receber, contas a pagar e fluxo de caixa. Se você não leu ou ouviu nosso podcast sobre esses assuntos então corre lá e aproveite para conferir! Nesse nosso penúltimo assunto vamos falar sobre a DRE Gerencial.
Mas o que é DRE e o que se pode verificar através dessa ferramenta?
Demonstração do Resultado do Exercício – DRE é um termo que advém da contabilidade, sendo uma das demonstrações financeiras obrigatórias e que apresenta o resultado obtido pela empresa em determinado ano através do confronto entre receitas, custos e despesas. Trazida para o contexto gerencial, a DRE se mostra como uma excelente ferramenta de acompanhamento de custos visando a otimização dos resultados da empresa.
E o que é possível analisar através da DRE?
Analisar o montante de receitas auferidas em determinado período e sua variação em relação a um período anterior (mês ou ano).
Mensurar o percentual de composição de determinada receita em relação à receita total do período.
Analisar custos e despesas, sua evolução e seu percentual em relação à receita total.
Projetar resultados futuros incorporando o orçamento da empresa à DRE Gerencial.
Mensurar e acompanhar o resultado mensal da empresa, planejando melhor a distribuição de lucros e investimentos a serem realizados.
E como podemos gerar a DRE?
A DRE Gerencial pode ser gerada a partir das informações apresentadas no Controle de Contas a Pagar e de Contas a Receber, através de um software da empresa ou em uma planilha eletrônica como, por exemplo, o Excel.
Vejamos então na prática como ela funciona:
Com base nos dados fornecidos pelo Controle de Contas a Pagar e Controle de Contas a Receber serão totalizados os valores mensais por tipo de receita, custos e despesas. Para tanto, a empresa deverá elaborar um “Plano de contas”, uma relação padrão com a nomenclatura dos gastos e receitas, para que o seu sistema ou planilha possa buscar e totalizar tais valores.
Em seguida, estas contas deverão ser agrupadas por natureza. Sugerimos seguir a mesma estrutura da DRE Contábil, contendo Receitas, Impostos, Receita Líquida, Custos, Lucro Bruto, Despesas, IRPJ e CSLL e por fim, o Resultado líquido.
A partir das informações levadas à DRE Gerencial, será possível realizar as análises vertical (AV) e horizontal (AH).
A análise vertical representa o percentual do gasto em relação à Receita Total.
Já a análise horizontal representa o percentual de variação do gasto em relação ao mês anterior, ou seja, a sua evolução e variação em relação ao mês anterior, possibilitando verificar se determinado gasto aumentou ou diminuiu.
A análise vertical e horizontal também deverá ser utilizada para analisar a evolução dos totais dos grupos de gastos e receitas e por fim para avaliar o resultado líquido da empresa, acompanhando seu percentual em relação ao faturamento e a sua evolução.
E na sua empresa você tem conseguido mensurar mensalmente o seu resultado? Faz a análise mensal dos gastos e analisa a sua evolução? Consegue projetar o seu resultado e determinar as bases para o seu orçamento?
Em tempos de enormes desafios que estamos vivenciando a gestão eficiente dos recursos financeiros passou a ser uma ferramenta fundamental para o sucesso das empresas!
Gostou desse assunto? Então compartilhe essa informação importante e fique ligado no próximo assunto onde vamos finalizar essa série importante que são os controles financeiros!
Um abraço e até a próxima!
Leandro Bitencourt Albino é Diretor Técnico da Albino Oliveira Consultoria Empresarial.
Contador, graduado em Ciências Contábeis pela Faculdade Machado Sobrinho, com experiência de 27 anos nas áreas contábil e empresarial. Especialista em tributos, com ênfase em Regimes Especiais de Tributação e Planejamento Tributário, bem como em obrigações acessórias, com destaque para implantação do Bloco K - Registro de Controle da Produção e do Estoque. Autor de diversos artigos com ênfase na melhoria de controles gerenciais e na redução da carga tributária. Palestrante e facilitador com ênfase em treinamentos in company.