
Contas a Receber: Estruture Seu Controle de Recebíveis e Impulsione seus Resultados
Série Planejamento e Controle Financeiro
Leandro Bitencourt Albino

Dando sequência à nossa série sobre planejamento e controle financeiro, o assunto de hoje é o Controle de Contas a Receber. Vamos entender como ele pode ajudar a sua empresa a controlar corretamente os seus recebíveis!
Uma das principais funções do controle de Contas a Receber é registrar os valores que a empresa tem a receber das vendas realizadas a prazo, seja por cartão de crédito, boletos ou transferências para a conta bancária da empresa.
Poderá controlar também os valores recebidos à vista, dinheiro, PIX, permitindo assim mapear todo o fluxo e recebimento de suas vendas.
Outro ponto essencial a ser destacado é que, com esse controle, é possível verificar os valores a receber de cada cliente, por data de vencimento, identificar clientes inadimplentes e conferir os valores já pagos.
Vale ressaltar ainda que ele se torna um aliado indispensável para conferir os valores de vendas realizadas por meio de cartões de débito e crédito, já que possibilita verificar o montante que será creditado pela operadora do cartão na data prevista.
Neste caso, sugerimos ainda que seja inserida a taxa de administração da operadora do cartão ou a taxa de antecipação, para que possa ser conferido o valor líquido a ser recebido.
Vejamos então na prática como ele funciona:
Ao realizar uma venda, você deverá identificar o cliente, seja pelo nome ou razão social.
É importante informar o número da nota fiscal de venda ou serviço, bem como a data de realização da venda para que se possa rastreá-la caso seja necessário.
Em seguida, informe a forma de pagamento, ou seja, como o valor será recebido: se por cartão de débito ou crédito, boleto, dinheiro, ou se será realizada transferência ou depósito bancário.
Indicar a data de vencimento, ou seja, a data em que o cliente deverá efetuar o pagamento ou a data em que a operadora do cartão deverá creditar o dinheiro na conta corrente da empresa.
Em seguida, informar o valor bruto a receber.
Para vendas com cartão de débito ou crédito, a empresa poderá incluir a taxa cobrada pela operadora do cartão e/ou a taxa de antecipação, caso essa modalidade seja utilizada, permitindo calcular o valor líquido a ser recebido.
Por fim, é necessário informar a data de recebimento dos valores, permitindo registrar o histórico de recebimentos, assim como monitorar os valores pendentes que estão em atraso.
A empresa pode utilizar para o Controle de Contas a Receber um software apropriado para essas funções ou até mesmo uma planilha eletrônica, como, por exemplo, o Excel, que possibilitará a fácil localização das informações.
Essa ferramenta fornecerá informações importantes para a geração do Fluxo de Caixa da empresa, onde serão confrontados os valores futuros a receber e a pagar em determinado período.
E deixamos aqui nossas questões: como está o seu controle de valores a receber na sua empresa? Você consegue consultar de forma rápida e precisa todos os valores que a empresa tem a receber? Consegue identificar os valores em atraso de forma eficiente e consolidada? Consegue conferir os valores das vendas creditadas pelas operadoras de cartão de crédito?
Se você respondeu não a alguma dessas perguntas, é fundamental começar a organizar seus controles! Afinal, em tempos de grandes desafios e mudanças, a gestão eficaz dos recursos financeiros é essencial para o sucesso da sua empresa!
No próximo conteúdo, continuaremos nossa série sobre planejamento e controles financeiros, e nosso assunto será sobre o Fluxo de Caixa.
Gostou desse conteúdo? Então compartilhe essa informação importante e fique ligado em nossa série!
Um abraço e até a próxima!
Atualizado em 24/02/2025




Leandro Bitencourt Albino é Diretor Técnico da Albino Oliveira Consultoria Empresarial.
Contador, graduado em Ciências Contábeis pela Faculdade Machado Sobrinho, com experiência de 27 anos nas áreas contábil e empresarial. Especialista em tributos, com ênfase em Regimes Especiais de Tributação e Planejamento Tributário, bem como em obrigações acessórias, com destaque para implantação do Bloco K - Registro de Controle da Produção e do Estoque. Autor de diversos artigos com ênfase na melhoria de controles gerenciais e na redução da carga tributária. Palestrante e facilitador com ênfase em treinamentos in company.